domingo, 14 de fevereiro de 2010

FONTE JORNAL ZERO HORA
09 de fevereiro de 2010 | N° 16241
RISCO NAS RUAS
Perigo 85% maior em duas rodas
Motociclistas se envolveram em 404 acidentes com morte em 2009 no Estado, o que representa 4,8 casos a cada 10 mil motosO índice de acidentes com morte envolvendo motocicletas atingiu quase o dobro em relação à taxa de ocorrências com automóveis. Essa constatação, incluída em um levantamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com base em números do ano passado, preocupa ainda mais os especialistas porque a frota de motos segue crescendo no Estado. No final de 2009, chegou a um quinto do total de veículos.

Oestudo do Detran indica que motociclistas se envolveram em 404 acidentes com morte no ano passado, o que representa uma taxa de 4,8 ocorrências para cada grupo de 10 mil veículos. No mesmo período, houve 677 casos de acidentes fatais envolvendo carros, em uma taxa de 2,6 para 10 mil. Essa comparação indica que o risco de tragédia sobre uma moto é 85% maior do que no interior de um automóvel.

A chamada taxa de acidentalidade se manteve praticamente estável na comparação com o ano anterior, quando ficou em 4,9 para as motocicletas. O que assombra especialistas em segurança viária é que, além de esse índice seguir em um patamar muito elevado, a frota de motos circulando não para de crescer – embora a um ritmo um pouco mais lento em relação ao início da década (veja quadro ao lado). Com isso, a tendência é de que o número absoluto de casos aumente caso não se encontrem meios eficientes de reduzir a violência no trânsito.

Em um período de apenas seis anos, entre 2003 e o ano passado, a quantidade de motocicletas dobrou no Estado, passando de 433 mil para 870 mil – o que representa 19,7% da frota total. No mesmo período, o avanço da frota total ficou em 44% e alcançou 4,4 milhões de veículos. A corrida em busca de preços mais baixos, economia de combustível e agilidade no trânsito, porém, continua sendo interrompida por um alto índice de acidentes com morte em ruas, avenidas e rodovias.

– A moto é mais frágil e expõe o condutor a mais riscos do que um carro. Por isso, esse condutor nos preocupa – afirma o diretor-presidente do Detran, Sérgio Filomena.

marcelo.gonzatto@zerohora.com.br

MARCELO GONZATTO

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